12.9.10

Once upon a time

"Tem certos dias que passam como continuidade de outros, um intermédio até o próximo final de semana. São dias bons, embora não se aperceba disso. Acontece que quando chega um dia realmente delimitador de outros tempos, eu tenho vontade de continuar naquela rotina que tão menosprezava e torcia pra acabar. Não são ruins também, é o medo do desconhecido, do há-de-vir. E acontecem tão de uma hora pra outra que eu fico tonta e não sei reagir. Acho que ninguém. Mas ninguém reage como eu.

Porque ninguém raciocina tão lento e mesmo assim tenta compreender toda a complexidade da questão em segundos. E eu não reajo bem a certas coisas que me causam perplexidade. "


Eu escrevi isto em outubro de 2009, e agora me lembro perfeitamente bem do porquê. Achei que aquele fato iria realmente modificar as coisas, que eu iria parar com essa repetiçao clichê de reclamar da minha rotina. Engraçado como foi um nada-de-mais que, ao final, nem deixou marcas dignas de consideraçao, como um flerte inofensivo em que você já se imagina casada mas ele nem pega o seu telefone.